domingo, 2 de novembro de 2008

Eugenia rostrifolia, um show de cores em seu jardim

Alguns anos atrás, em uma viagem à Região Sul, deparei-me com um arbusto de cores estonteantes, cultivado em um jardim doméstico. Tratava-se de uma arvoreta de cerca de 1,5 m de altura, com folhas lanceoladas e copa densa, verde-clara.

Sobre a última, sobressaíam aqui e ali aglomerados de folhas jovens tingidos de uma maravilhosa tonalidade entre fúcsia e rosa-choque (ver foto).

Procurei logo saber que planta espetacular era aquela, inédita para mim. Qual não foi minha surpresa ao descobrir que eu estava diante de uma mirtácea nativa de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, conhecida no mundo científico como Eugenia rostrifolia.

Em seu habitat natural, é chamada de "guapi", mas infelizmente tem sido muito perseguida por agricultores e madeireiros. A razão é a ótima qualidade de sua madeira, o que faz com que
exemplares ainda jovens sejam abatidos para fabricar timões de carroças e varais.

Suas folhas apresentam um formato muito característico, estreito e alongado, com um abrupto prolongamento na extremidade, que os botânicos chamam de "rostro" (veja a imagem que ilustra este texto). Daí seu nome latino.

Vale também dizer que seus frutos são esféricos, medindo 1,5-2 cm, de coloração vermelho-alaranjada. São saborosos e atraem muitos pássaros.

Apesar de alcançar grande porte nas matas, Eugenia rostrifolia pode ser mantida durante muitos anos como um mero arbusto em jardins, ou mesmo como planta de vaso.

Aqui no E-jardim, plantamos há três anos um exemplar, que vem se destacando pela beleza. Divido com os leitores a imagem capturada ontem pela manhã, logo após uma breve garoa.

Forte abraço!




2 comentários:

Regina Bolico disse...

Eduardo!
Apesar de morar aqui no sul, não conhecia essa beleza!
Um abraço.

Eduardo Jardim disse...

Olá Regina!

Verdade, a planta ainda é pouco comum em cultivo, por isso faço o que posso para divulgá-la mais. Infelizmente, quando ela cresce na Natureza, o pessoal só pensa na madeira que ela produz, se esquecendo da beleza e principalmente de sua utilidade para a fauna...

Um abraço