quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Safra de mapatis!

Em meados de agosto, começa a colheita de mapatis (Pourouma cecropiifolia) no E-jardim. A safra, sempre abundante, se estende até janeiro, deliciando nossos clientes e familiares. De fato, esta fantástica fruta amazônica agrada a todos os paladares. Muito já foi dito sobre ela, porém nunca vi explicação alguma sobre como consumi-la ao natural. O post de hoje é dedicado a este tema. Bom apetite!
A primeira imagem mostra um pote cheio de mapatis recém-colhidos, devidamente lavados e levados à geladeira, de forma que atinjam a temperatura de excelência para consumo.
O leitor provavelmente foi levado a pensar que a uva-da-amazônia (outro nome para esta fruta) deve ser consumida como uma jabuticaba (Myrciaria jaboticaba) ou como uma uva (Vitis vinifera), ou seja, levando-a à boca e separando casca, polpa e semente com o auxílio da língua. Nada mais errado!

A casca da cucura (mais um sinônimo popular, empregado no alto Rio Negro, de onde a trouxemos para cultivo, há mais de dez anos) é relativamente dura e não se rompe na parte superior quando pressionada com os dentes. Além disso, é relativamente áspera e um pouco abrasiva na língua, o que definitivamente não acontece com a jabuticaba ou com a uva. Por isso, recomendo que se utilize uma pequena faca ou canivete para retirar o "cabinho" (pedicelo, em "botaniquês"). Como na foto acima.
A seção de casca quando levantada, revela o suculento e translúcido conteúdo, de sabor doce e muito agradável, sem nenhuma acidez. Rico em flavonoides (classe de substâncias que proporcionam inúmeros benefícios à saúde) e principalmente em potássio, apresenta apenas 64 calorias a cada 100 gramas de polpa pura.
A seguir, deve-se pressionar com os dedos a parte inferior da casca, ação que desprende facilmente a polpa sucosa e ao mesmo tempo firme da fruta.
A semente e a casca separam-se facilmente da polpa, conforme ilustrado na foto acima. Repare na enorme quantidade da parte comestível, exibida em separado na última imagem, pronta para degustação!
Maiores informações e mudas disponíveis em nosso site, no link abaixo:


sábado, 18 de agosto de 2012

Saboreando o keppel

No post de hoje narramos nosso primeiro contato com os frutos maduros do lendário "keppel apple" 















No dia 29/01/2009 publiquei neste blog um relato sobre uma das mais curiosas frutas que existem, cobiçada por 10 entre 10 colecionadores de frutas de todo o mundo ("A extraordinária história do keppel"). Vale a pena conferir e relembrar a crônica!

Há poucos dias atrás, travei meu primeiro contato com os frutos de Stelechocarpus burahol.  A árvore da foto que abre estas linhas mede pouco mais de 10 metros de altura, possuindo uma copa colunar e bastante densa. Seus galhos são pêndulos, e a forma geral da planta muito me lembrou a de outra anonácea do velho mundo, Polyalthia longifolia, conhecida entre os paisagistas brasileiros como "árvore-mastro". Antes da inserção dos primeiros galhos, o tronco floresce e frutifica intensamente, tal qual mostrado na imagem.

Conforme escrevi anteriormente, os frutos se assemelham externamente a sapotis-arredondados, sendo porém amarelo-alaranjados em seu interior. A saborosa polpa é totalmente desprovida de fibras ou granulosidade, tornando-se cada vez mais macia e doce em direção ao centro do fruto, onde se alojam as sementes. Não percebi nenhum aroma marcante, mas o agradável sabor remeteu-me imediatamente ao do doce português conhecido como "ovos moles de Aveiro". Um paladar absolutamente inusitado para uma anonácea, família botânica que inclui a fruta-de-conde (ou pinha), a graviola, o biribá e os araticuns.

Fecho o post com uma visão mais detalhada dos frutos, incluindo um deles parcialmente cortado e exibindo a coloração interna.














No centro da foto, o keppel parcialmente cortado revela a coloração da polpa

Mais informações e mudas em:

http://www.e-jardim.com/produto_completo.asp?IDProduto=468