terça-feira, 20 de novembro de 2012

Olha só quem vem por aí...

Abiu ou carambola? Nem um nem outro, apenas um velho sonho dos colecionadores de frutas: Micropholis angulata, o abiu-carambola















O que parecia ser impossível pode se tornar realidade no E-jardim. A mais rara das frutas da amazônia, procurada há mais de 50 anos por fruticultores de todo o Brasil, pode aparecer em breve nas páginas virtuais do E-jardim.

Aguardem!

domingo, 18 de novembro de 2012

Cherapu brasileiro?

O cherapu (Garcinia prainiana), nativo da Tailândia, é considerado uma das duas melhores garcínias do mundo. Até hoje, nunca frutificou em solo brasileiro.















Sonho de 10 entre 10 colecionadores de frutas, o cherapu (Garcinia prainiana) é descrito no livro "Malayan Fruits" [Allen, B. M. 1967. Malayan Fruits: An Introduction to the Cultivated Species (with Thai & Tamil names). Singapore, Donald Moore Press Ltd. 245 p.] como "delicioso e dotado de sabor fora do comum". Na opinião de muitos, rivaliza em qualidade com a "rainha das frutas tropiciais", o celebrado mangostão (Garcinia mangostana). Coube ao famoso pomicultor norte-americano Bill Whitman (ver posts dos dia 07/09/2008 e 29/01/2009) sua introdução no mundo ocidental, aventura contada em seu livro [Whitman, W. F. 2001. Five Decades with Tropical Fruit, a Personal Journey. Englewood, Quisqualis Books. 476 p.]. Em recente visita ao Fairchild Tropical Garden (Flórida, EUA), tive a oportunidade de degustar e fotografar esta joia botânica (imagem que abre o texto de hoje).

No Brasil, o "button mangosteen" (mangostão-de-botão, outro nome popular para a espécie) é muito raro, e até onde se saiba, ainda não frutificou. Além de serem lentíssimas para germinar (demoram até seis meses!), as sementes são altamente perecíveis e apodrecem com extrema facilidade. Como se não bastasse, as mudas crescem a uma velocidade de dar inveja a tartaruga e são dioicas, isto é, flores masculinas e femininas nascem em indivíduos distintos.

Dentro do programa de produção de mudas para recomposição de áreas litorâneas, mantido pelo E-jardim.com, temos observado e fotografado inúmeras frutas saborosas, utilizadas apenas pela população caiçara vizinha destes terrenos (conhecidos como restingas). Uma delas chamou nossa atenção pela semelhança morfológica a Garcinia prainiana. A foto a seguir fala por si mesma.


Não fosse a coloração da polpa (branca, ao invés de alaranjada) e a casca mais espessa, muitos confundiriam esta espécie brasileira de Garcinia com o asiático cherapu.

Muito apreciada pelos nativos, o que mais chamou minha atenção foi seu sabor extremamente doce, capaz de agradar o mais exigente paladar europeu. Um contraste muito intenso com Garcinia brasiliensis, outra espécie de bacupari nativo das restingas da Região Sudeste, via de regra com gosto ácido ou acidulado.

Certamente, o E-jardim não poderia deixar de produzir mudas do "cherapu brasileiro" e ofertá-las a nossos clientes:

http://e-jardim.com/produto_completo.asp?IDProduto=495

Forte abraço!

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Frutíferas em vasos (5) - cambucá-da-praia e guaquica

Frutos e folhas do cambucá-da-praia (Myrciaria strigipes) sobre o prato do E-jardim










Frutos e folhas da guaquica (Myrciaria guaquiea), em foto análoga à anterior


















O post anterior foi dedicado à fruta-do-mistério, uma excelente planta para cultivo em vasos. Não menos apropriadas são as duas espécies hoje abordadas, o cambucá-da-praia (Myrciaria strigipes) e a guaquica (Myrciaria guaquiea).

Como pode ser facilmente depreendido das imagens acima, tratam-se de duas frutíferas aparentadas, porém com sensíveis diferenças. Além das folhas, de formatos e proporções distintos, os frutos apresentam sabores e texturas diversos, ambos deliciosos. Difícil descrever em palavras, mas eu diria que a guaquica possui um teor de açúcar um pouquinho maior, e a casca ligeiramente mais espessa. Na relação quantidade de polpa : tamanho da semente, ambas superam com folga a também relacionada cabeludinha (Myrciaria glazioviana), que das três é a mais conhecida. Em outras palavras, as duas frutas hoje analisadas são mais suculentas quando degustadas.

Apesar de há muito conhecidas pela ciência (M. strigipes foi colhida pelo Príncipe Maximiliano de Neuwied e descrita por Otto Berg em 1857; e M. guaquiea descoberta por Glaziou e classificada por Hjalmar Kiaerskou em 1893), seu cultivo em pomares domésticos praticamente inexistia até recentemente.


A guaquiqueira é uma arvoreta que pode ser mantida com sucesso em vasos. Compare...
... com a foto do cambucazeiro-da-praia, que igualmente frutifica em vasos
A redescoberta da guaquica foi narrada neste blog, no dia 22/02/2009, e desde então iniciamos a produção regular de mudas da mesma, distribuindo-as entre fruticultores de todo o país. Já a introdução do cambucá-da-praia na horticultura é um pouco mais antiga, datada do início da década de 2000. Na ocasião, fomos alertados pelo colecionador de frutas Adelício ("Dedé") Pereira da Silva (Patos de Minas-MG) sobre a existência de uma saborosa fruta amarela na região de Conceição da Barra (ES), chamada pelos locais de cambucá. Ora, o nome vulgar logo remeteria à conhecida Plinia edulis, sobre a qual já escrevemos vários textos neste espaço. Mas não, a tal frutinha era mais parecida com a cabeluda (Myrciaria glazioviana) e vegetava sobre a areia, em restingas (P. edulis vive em florestas, e possui os frutos muito maiores).

Logo recebemos do Dedé uma mudinha do cambucá-da-praia (nome alcunhado para distingui-lo de seu homônimo florestal), que passou a ser cultivada com muito esmero aqui no E-jardim. Nos anos seguintes, fizemos algumas viagens ao litoral norte do Espírito Santo e sul da Bahia, onde encontramos populações naturais de Myrciaria strigipes. De fato, em alguns quintais de cidades praianas nesta região, vimos exemplares da frutífera bem tratados e produzindo uma enorme quantidade de frutas. As últimas são particularmente abundantes no mês de dezembro, e fazem a alegria de quem as saboreia.

Aqui no E-jardim, o cambucazeiro-da-praia lançou flores nos primeiros anos, porém produzindo poucos frutos. Contudo, a quantidade foi aumentando de forma gradual, e atualmente já desfrutamos de ótimas safras, tornando possível a produção regular de mudas. Enquanto escrevo estas linhas, saboreio alguns destes frutos. Humm...

Mais informações e mudas:

guaquica:
http://e-jardim.com/produto_completo.asp?IDProduto=303

cambucá-da-praia:
http://e-jardim.com/produto_completo.asp?IDProduto=278

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Frutíferas em vasos (4) - a fruta-do-mistério

Matriz da fruta-do-mistério (Syzygium sp.) cultivada no E-jardim
















As estatísticas do Blog do e-jardim mostram que um dos temas mais pesquisados por nossos leitores é o cultivo de frutíferas em vasos. Abordamos o assunto em junho de 2008, em uma pequena sequência de três posts, que até hoje lidera as consultas dos internautas. Atendendo a inúmeros pedidos, retornamos ao tópico.

Uma das mais interessantes espécies que podem ser mantidas em potes recebe o curioso nome de fruta-do-mistério. Anos atrás, recebi-a de presente de um amigo bonsaísta, que a teria trazido do Hawaii. Cultivei-a com carinho, proporcionando substrato bem aerado e adubado, regas frequentes e iluminação intensa. O desenvolvimento da mudinha foi muito rápido, e logo sua pequena copa tomou um bonito formato de guarda-chuva (umbeliforme, na linguagem botânica). As primeiras flores apareceram com muita precocidade, e em seguida se transformaram em vibrantes frutinhos vermelho-escarlates. Os últimos, apesar do reduzido tamanho, são doces, macios e suculentos, sem traços de acidez.

Os vibrantes frutinhos vermelho-escarlates são doces e saborosos
Claro que, quando recebi o regalo, perguntei o nome da planta. O Vladimir (assim se chamava o pai da criança) me disse que não sabia, e que no Hawaii apelidaram-na de "mistery fruit" (fruta-do-mistério). Por motivos óbvios, tornou-se uma estrela entre os amantes da milenar arte japonesa.

Muitas pessoas que nos visitam ficam fascinadas por nossa matriz da fruta-do-mistério, um vaso de 25 litros com um arbusto denso e sempre viçoso, produzindo dezenas de frutinhos. Alguns exclamam: "Ah, é a fruta-do-milagre!". Não, nada além da cor rubra a aproxima do Synsepalum dulcificum, a miraculosa fruta que altera a percepção do sabor ácido para o doce. Outros convidados mais calejados sugerem o nome popular cereja-da-praia (Eugenia punicifolia), espécie amplamente distribuída pelo Brasil. Chute para fora (não muito longe), pois embora a fruta-do-mistério se pareça de fato com uma mirtácea, e mais ainda com uma eugênia, sua polpa é branca e doce, suculenta, com a semente completamente destacada da polpa. Ao que tudo indica, trata-se de uma espécie de Syzygium, gênero do Velho Mundo fortemente aparentado com os neotropicais integrantes de Eugenia.

Enquanto persistir o suspense, continuaremos a chamá-la simplesmente de "fruta-do-mistério". Humilde e despretensiosa, fazendo um tremendo sucesso entre os que se atrevem a cultivá-la.

Mudas disponíveis e mais informações em nosso site, no link:

http://www.e-jardim.com/produto_completo.asp?IDProduto=211

sábado, 3 de novembro de 2012

Deu em "O Globo" de hoje: planta que atrai pássaros

O jornal "O Globo" de hoje traz na coluna de Ancelmo Gois um flagra de uma família de saíras-sete-cores (Tangara sp.) durante um banquete no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

Faltou informar que os numerosos frutos que tanto fizeram a alegria dos pássaros eram da palmeira corozo (Aiphanes aculeata), já bem conhecida pelos leitores deste blog (acesse, por exemplo, o post do dia 26/08/2010).

Conforme ensinou o etnobotânico Victor Manuel Patiño, grande estudioso das plantas frutíferas das Américas, o corozo já era cultivado desde os remotos tempos pré-colombianos. A seu respeito escreveu o Mestre: "...apresenta, no entanto, características de domesticação antiga e a plasticidade que não desenvolvem os vegetais senão quando manipulados há bastante tempo pelo homem. É muito precoce: seus cachos são um dos mais belos ornamentos vegetais, e sua utilidade como espécie alimentícia é evidente." [Patiño R., V.M.P. 2002. Historia y Dispersión de los Frutales Nativos del Neotrópico. Cali, Colombia, Centro Internacional de Agricultura Tropical. 655 p.]. 

Aiphanes aculeata não é apenas uma das melhores plantas para atrair pássaros. Tampouco unicamente uma fruta reverenciada pelas populações da Amazônia Ocidental, seja por sua saborosa polpa, riquíssima em vitamina A, seja pelo sabor incomparável de sua amêndoa. É também uma das espécies de palmeiras mais procuradas para composições paisagísticas, sendo presença de destaque em jardins e parques no mundo inteiro.

Nada mais natural que habite o Jardim Botânico do Rio Janeiro, bem perto do Lago Frei Leandro, onde aliás Laizer Fishenfeld, colaborador de Gois, capturou a bela imagem apresentada.

Mais informações sobre o corozo, fotos e mudas em:

http://e-jardim.com/produto_completo.asp?IDProduto=1

Forte abraço!

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Safra de mapatis!

Em meados de agosto, começa a colheita de mapatis (Pourouma cecropiifolia) no E-jardim. A safra, sempre abundante, se estende até janeiro, deliciando nossos clientes e familiares. De fato, esta fantástica fruta amazônica agrada a todos os paladares. Muito já foi dito sobre ela, porém nunca vi explicação alguma sobre como consumi-la ao natural. O post de hoje é dedicado a este tema. Bom apetite!
A primeira imagem mostra um pote cheio de mapatis recém-colhidos, devidamente lavados e levados à geladeira, de forma que atinjam a temperatura de excelência para consumo.
O leitor provavelmente foi levado a pensar que a uva-da-amazônia (outro nome para esta fruta) deve ser consumida como uma jabuticaba (Myrciaria jaboticaba) ou como uma uva (Vitis vinifera), ou seja, levando-a à boca e separando casca, polpa e semente com o auxílio da língua. Nada mais errado!

A casca da cucura (mais um sinônimo popular, empregado no alto Rio Negro, de onde a trouxemos para cultivo, há mais de dez anos) é relativamente dura e não se rompe na parte superior quando pressionada com os dentes. Além disso, é relativamente áspera e um pouco abrasiva na língua, o que definitivamente não acontece com a jabuticaba ou com a uva. Por isso, recomendo que se utilize uma pequena faca ou canivete para retirar o "cabinho" (pedicelo, em "botaniquês"). Como na foto acima.
A seção de casca quando levantada, revela o suculento e translúcido conteúdo, de sabor doce e muito agradável, sem nenhuma acidez. Rico em flavonoides (classe de substâncias que proporcionam inúmeros benefícios à saúde) e principalmente em potássio, apresenta apenas 64 calorias a cada 100 gramas de polpa pura.
A seguir, deve-se pressionar com os dedos a parte inferior da casca, ação que desprende facilmente a polpa sucosa e ao mesmo tempo firme da fruta.
A semente e a casca separam-se facilmente da polpa, conforme ilustrado na foto acima. Repare na enorme quantidade da parte comestível, exibida em separado na última imagem, pronta para degustação!
Maiores informações e mudas disponíveis em nosso site, no link abaixo:


sábado, 18 de agosto de 2012

Saboreando o keppel

No post de hoje narramos nosso primeiro contato com os frutos maduros do lendário "keppel apple" 















No dia 29/01/2009 publiquei neste blog um relato sobre uma das mais curiosas frutas que existem, cobiçada por 10 entre 10 colecionadores de frutas de todo o mundo ("A extraordinária história do keppel"). Vale a pena conferir e relembrar a crônica!

Há poucos dias atrás, travei meu primeiro contato com os frutos de Stelechocarpus burahol.  A árvore da foto que abre estas linhas mede pouco mais de 10 metros de altura, possuindo uma copa colunar e bastante densa. Seus galhos são pêndulos, e a forma geral da planta muito me lembrou a de outra anonácea do velho mundo, Polyalthia longifolia, conhecida entre os paisagistas brasileiros como "árvore-mastro". Antes da inserção dos primeiros galhos, o tronco floresce e frutifica intensamente, tal qual mostrado na imagem.

Conforme escrevi anteriormente, os frutos se assemelham externamente a sapotis-arredondados, sendo porém amarelo-alaranjados em seu interior. A saborosa polpa é totalmente desprovida de fibras ou granulosidade, tornando-se cada vez mais macia e doce em direção ao centro do fruto, onde se alojam as sementes. Não percebi nenhum aroma marcante, mas o agradável sabor remeteu-me imediatamente ao do doce português conhecido como "ovos moles de Aveiro". Um paladar absolutamente inusitado para uma anonácea, família botânica que inclui a fruta-de-conde (ou pinha), a graviola, o biribá e os araticuns.

Fecho o post com uma visão mais detalhada dos frutos, incluindo um deles parcialmente cortado e exibindo a coloração interna.














No centro da foto, o keppel parcialmente cortado revela a coloração da polpa

Mais informações e mudas em:

http://www.e-jardim.com/produto_completo.asp?IDProduto=468 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Frutificando a ameixa-da-austrália no Brasil

Documentamos no post de hoje a primeira frutificação da ameixa-da-austrália (Davidsonia pruriens) em solo brasileiro. Acompanhe a narrativa.

Desde que foi descoberta, na segunda metade do século XIX, a linda fruta que estampa estas linhas vem sendo entusiasticamente cultivada em todo o mundo tropical, seja por seus frutos comestíveis, seja por sua beleza como planta ornamental. Curiosamente, sua introdução no Brasil deu-se apenas na primeira década dos anos 2000, porém até o momento sem registro de frutificação. O texto de hoje vem preencher esta lacuna.

Em 1867, o botânico alemão Ferdinand von Mueller apresentou ao mundo científico uma nova "ameixa" nativa de Queensland, no nordeste da Austrália, descoberta pouco tempo antes por John Ewen Davidson, inglês de múltiplos talentos e pioneiro da indústria açucareira naquele país [Mueller, F.J.H. 1867.
Fragmenta Phytographiae Australiae 6: 4.]. Davidson havia desembarcado em Sydney dois anos antes, na flor de seus 24 anos de idade. Além de atividades empresariais, o britânico ainda encontrou tempo para explorações científicas na área de botânica e etnografia. Foi desta forma que entrou em contato com a "ooray", nome pelo qual a fruta é conhecida entre os aborígenes. Mueller batizou-a de Davidsonia pruriens, homenageando o primeiro europeu a perceber sua existência.

Ao contrário do que possa parecer, a ameixa-da-austrália não possui qualquer parentesco com a ameixa-européia (Prunus domestica), da família Rosaceae. A semelhança muito acentuada entre os dois frutos pode ser atribuída a uma mera coincidência, ou quem sabe à convergência adaptativa. O fato é que D. pruriens pertence à família Cunoniaceae, de distribuição pantropical mas com apenas dois gêneros nativos do Brasil (Lamanonia e Weinmannia), ambos sem importância horticultural.

Na Natureza, nosso tema de hoje cresce em uma área bem extensa, na floresta tropical litorânea de Queensland, desde o nível do mar até altitudes de 1000 m. Tal versatilidade explica sua enorme facilidade de cultivo e adaptação nas mais diversas regiões brasileiras: clientes do E-jardim (www.e-jardim.com) vêm nos relatando ótimas adaptações em estados de climas tão diversos como Alagoas e Santa Catarina! Não restam dúvidas de que também possa ser cultivada em municípios sujeitos a geadas, haja vista que em cidades de clima análogo na Califórnia (EUA) ela se ambientou perfeitamente.

Muitos são os relatos e recomendações desta espécie como frutífera e como planta ornamental. Um dos mais antigos é o trabalho de Bailey
[Bailey, F.M. 1895. Edible fruits indigenous to Queensland. No. 1. Davidsonian Plum. Queensland Agric. 2: 471]. Para quem prefirir publicações mais modernas, recomendo um guia australiano [Low, T. 1991. Wild food plants of Australia. Sydney, Angus & Robertson. 240 p.] e o livro do guru da fruticultura orgânica, Sadhu Govardham [Govardham, S. 2007. Oro Verde, securing the future of our food. Puerto Rico, Antillian University Press. 309 p.].

Aqui no E-jardim, D. pruriens apresentou uma excelente adaptação e crescimento espantoso. Uma muda levada ao campo em 2008 acaba de frutificar pela primeira vez (veja a foto), logo após a primeira floração. Ela está plantada próxima a um córrego, em terreno bem drenado e recebendo luminosidade solar a maior parte do dia. Periodicamente, aplicamos uma adubação de crescimento e de frutificação. A cor intensamente vermelha da polpa, que contrasta dramaticamente com o negro-azulado da finíssima casca muito nos surpreenderam. As sementes são minúsculas, apenas duas por fruto, proporcionando um rendimento fantástico de polpa.

O sabor ácido mas sem nenhuma adstringência, embora não a promova como fruta de mesa, em muito a qualifica como ingrediente nobre para o preparo de doces, geléias e chutneys. Em seu país de origem já existem plantações comerciais e processamento industrial, visando o mercado de alta gastronomia. Evidentemente, trata-se de uma boa oportunidade de negócio, ainda inexplorada no Brasil. Verifique o site (e os altos preços atingidos!):

http://www.outbackchef.com.au/shopping/davidson/102/1

Outra combinação muito interessante é a do doce em pasta com queijo camembert. Leia em:

http://www.abc.net.au/tv/cookandchef/txt/s2625373.htm

Mudas médias e grandes da ameixa-da-austrália podem ser encontradas em nosso site:

http://www.e-jardim.com/produto_completo.asp?IDProduto=34

Forte abraço!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Mudas de keppel disponíveis!


Em um post antigo (29 de janeiro de 2009), narramos a epopeia do keppel (Stelechocarpus burahol), lendária fruta asiática, que vinha a ser a fruta favorita entre as mulheres do harém do Sultão de Yogyakarta. Estamos, finalmente, disponibilizando um número muito limitado de mudas desta espécie, além de outras bastante raras e especiais. Consulte nosso site, www.e-jardim.com, para orçamentos, ou diretamente através do e-mail de contato (e-jardim.com).

Eis a lista de novidades:

- Cordia taguayensis (córdia-anã-de-flores-brancas)
- Cenostigma tocantinum (cássia-negra)
- Diospyros cauliflora (caqui-jabuticaba)
- Eucalyptus deglupta (eucalipto-de-tronco-arco-íris)
- Eugenia reinwardtiana (cereja-da-austrália)
- Eugenia sp. nv. (pitanga-feijoa)
- Lecythis pisonis (sapucaia-vermelha)
- Magnolia ovata (magnólia-nativa)
- Monodora myristica (iobó)
- Murraya koenigii (curry leaf)
- Pappea capensis (lichia-vermelha)
- Sandoricum koetjape (santol)
- Sideroxylon obtusifolium (sapotiaba)
- Stelechocarpus burahol (keppel)
- Symphonia globulifera (ananim)
- Zygia latifolia (ingá-sangue-de-flores-brancas)
- Zygia sanguinea (ingá-sangue)

Abraço!